Deficiência de G6PD x Pedra na vesícula
Olá família G6PD! Hoje quero explicar um pouco sobre a pedra na vesícula por consequência da deficiência de G6PD. Sabemos que não seguir as restrições pode acarretar em uns males para saúde do individuo, seja pequenas males a grandes males, e a pedra na veícula é um desses males.
Porém nem toda pedra na vesícula é decorrente de deficiência de G6PD, então é importante saber identificar para não haver erros no diagnóstico.
Vamos entender:
A vesícula é um órgão que se assemelha ao formato de uma bolsa, componente importante do sistema digestório humano. Exerce a função de reservar e concentrar a bile produzida pelo fígado a ser liberada no intestino delgado. A bile tem a função de emulsificar as gorduras dos alimentos a serem digeridos e ajudar na absorção de importantes nutrientes como as vitaminas A,D,E e K.
Há dois 2 tipos de pedras na vesícula, dependendo da composição do material solidificado:
– Os de colesterol, de cor amarelo amarelo-esverdeado, que representa cerca de 80% dos cálculos;
– E os pigmentares, de aparência pequena e escurecida, feitos de bilirrubina.
Sintomas
O sintoma característico da presença de pedras na vesícula é a crise de cólica biliar. Ela geralmente ocorre quando um dos cálculos obstrui o canal de saída da vesícula de maneira transitória. Durante a crise, o paciente pode sentir:
– dor no abdômen superior, que aumenta rapidamente de intensidade e
– dor nas costas, entre as escápulas;
– dor no ombro direito;
– náuseas e vômitos.
Com bastante frequência, esse sintoma aparece após a pessoa ingerir uma refeição particularmente gordurosa.
Em alguns casos, porém, o paciente não apresenta sintoma algum. São os chamados “cálculos silenciosos”, no qual as pedras não interferem no funcionamento da vesícula biliar, nem do fígado ou pâncreas. Nessas situações, é o médico quem decide se há necessidade de tratamento.
Diagnóstico
O diagnóstico da colelitíase é feita por meio de exames de imagem, sendo que o mais frequente é o ultrassom/ecografia. Se você suspeitar que esteja com pedras na vesícula, consulte um especialista para que ele possa verificar se esse é realmente o problema, analisar sua situação, solicitar exames e possivelmente discutir a melhor forma de tratar a colelitíase.
Agora vamos entender qual dos dois tipos tem relação com a Deficiência de G6PD
Quando temos cálculo biliar de cor escura significa que foi causada por excesso de pigmento biliar na vesícula e esse tipo está corelacionado a deficiência de g6pd, diferente de quando a cor do cálculo biliar é amarelo que está ligado ao excesso de colesterol na vesícula. Lembrando que entre as consequências da deficiência de g6pd está problemas nos órgãos como fígado e rins por exemplo e isso não é uma conhecidencia, o fígado tem uma função extremamente importante e seu mal funcionamento pode gerar tais consequencias aos outros órgãos como rins e a vesícula.
Se tratando de um deficiente da enzima G6PD quando temos quadros recorrente de problemas na vesícula de cor escura é um grande sinal de que seja consequencia da deficiência e se faz necessário investigar e compreender o que pode estar gerando quandros hemoliticos ao ponto de desencadear o problema de calculo biliar.
Fontes:
- Feldman M, et al. Gallstone disease. In: Sleisenger and Fordtran’s Gastrointestinal and Liver Disease: Pathophysiology, Diagnosis, Management. 10th ed. Philadelphia, Pa.: Saunders Elsevier; 2016.
- Ferri FF. Cholecystitis. In: Ferri’s Clinical Advisor 2017. Philadelphia, Pa.: Elsevier; 2017.